SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo atentado de terça-feira (31) em Nova York, quando o imigrante uzbeque Sayfullo Saipov, 29, invadiu uma ciclovia com uma caminhonete e matou oito pessoas. “Um dos soldados do Estado Islâmico atacou um número de cruzados em uma rua da cidade de Nova York”, afirma a revista Al-Naba, publicação online vinculada aos jihadistas, segundo o site Intelligence Group. “Pela graça de Alá, a operação infundiu medo na cruzada América, incitando-os a aumentar as medidas de segurança e a intensificar ações contra imigrantes”, diz outro trecho do texto. No entanto, o grupo não forneceu evidências para fundamentar sua alegação. Residente legal dos EUA há sete anos, Saipov planejava seu ataque há um ano, de acordo com investigadores. A polícia afirmou que o criminoso parece ter seguido de modo estrito as “instruções” que o EI disponibiliza aos seus seguidores nas redes sociais. No veículo utilizado para o atentado foram encontradas três facas, além de celulares com milhares de imagens de propaganda do Estado Islâmico e quase 90 vídeos de prisioneiros sendo mortos por combatentes do grupo. Indiciado por terrorismo, Saipov teria confessado a execução do ataque em nome do EI e dito estar “satisfeito” com o resultado de seu ato, segundo a acusação. No hospital em que ele estava internado, após ser baleado por um policial, chegou a solicitar uma bandeira dos extremistas em seu quarto. Nesta quinta-feira (2), o presidente americano Donald Trump pediu pena de morte para o autor do atentado. O ATENTADO Saipov alugou uma caminhonete em Nova Jersey e invadiu uma ciclovia em Manhattan. Nela, ele dirigiu em alta velocidade por mais de um quilômetro, atropelando oito pessoas no caminho e deixando um rastro de bicicletas esmagadas até bater na lateral de um ônibus escolar. Ele planejava ainda seguir até a ponte do Brooklyn, mas foi detido antes da hora. Seis de suas vítimas morreram no local do crime, a ciclovia ao longo da rua West, que margeia o rio Hudson, e duas perderam a vida no hospital -são cinco argentinos, uma belga e dois americanos. Entre os 20 feridos, uma mulher teve as pernas amputadas e quatro continuam em estado grave. Três deles tiveram alta, e os que permanecem internados sofreram lesões na coluna e no pescoço.