Acusada de ficar com parte dos salários de ex-assessores, a vereadora Katia Dittrich (SD) voltou a negar as denúncias, em depoimento à comissão da Câmara Municipal de Curitiba que investiga o caso. Além dela, também prestaram depoimento ontem cinco testemunhas de defesa da parlamentar. Todas negaram terem sido pressionadas a dar parte de seus salários à vereadora.
Na denúncias, seis ex-assessores da parlamentar afirmaram que ela exigia parte dos seus vencimentos e ameaçava com demissão quem não colaborasse. Entre as provas apresentadas estão comprovantes de transferências bancárias.
A vereadora reafirmou que a acusação seria parte de um complô do suplente e ex-vereador Zé Maria (SD) para assumir sua vaga na Câmara. O ex-vereador nega envolvimento no caso. Katia Dittrich também insistiu no argumento de que as transferências bancárias apresentadas pelos ex-assessores seriam resultado de empréstimos feitos por eles para que ela pudesse custear as ações que ela mantém em favor de animais abandonados. A vereadora foi eleita com a bandeira da defesa dos direitos dos animais. A denúncia não tem embasamento. É muita contradição, alegou, afirmando que demitiu os ex-assessores por incompetência.
Depuseram pela manhã Emely Gabrielle Pereira Dias, Rosenei Aparecida de Oliveira, Júlio Sérgio de Souza Castro, Irlani Rosa de Jesus e Nicolas Théo Leprevost Guelmann.A médica veterinária Emely Gabrielle Pereira Dias é funcionária comissionada de Katia Dittrich desde maio. Ela contou à comissão que, depois da contratação, não foi compelida a devolver parte de seu salário à vereadora, nem ouviu qualquer comentário a respeito dessa prática de cobrança dentro do mandato.
Júlio Castro, servidor da Câmara que entrou no mandato de Katia após as demissões dos denunciantes,também que tenham pedido a ele que pagasse à vereadora para ficar no cargo.