FLAVIA LIMA E MAELI PRADO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira (9) que a reforma da Previdência será mais enxuta, mas afirmou que a redução da proposta não pode ser superior a 50% do previsto originalmente. O texto enviado pela equipe econômica ao Congresso no ano passado previa economia de cerca de R$ 800 bilhões. O relatório aprovado em comissão especial, que está sendo rediscutido, foi desidratado e já representava 75% da proposta inicial. Ele declarou ainda que, nas negociações, o governo não abrirá mão da idade mínima, do período de transição e da equiparação do setor público e do privado. Meirelles disse que esses três pontos não garantiriam os mais de 50% almejados. “A unificação dos sistemas é muito importante. Isso é a base. Mas tem uma série de outros pontos, como tempo de contribuição, que estamos discutindo”, afirmou. Segundo ele, a redução de 25 para 15 anos do tempo mínimo de contribuição tem custos e precisa ser compensado em outros pontos da própria reforma, como revisão de isenções e subsídios. Meirelles disse que governo e aliados chegaram a um acordo para votar a reforma na Câmara ainda neste ano. Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o clima para aprovar a reforma é difícil e que só colocará a proposta em votação quando tiver certeza de vitória. São necessários 308 dos 513 votos na Casa, em duas votações. Depois o texto vai para o Senado.