ITALO NOGUEIRA, GUSTAVO URIBE E MAELI PRADO RIO DE DE JANEIRO, RJ , E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Osmar Terra (Desenvolvimento Social) afirmou nesta segunda (18) que o Bolsa Família deve ter um reajuste acima da inflação em 2018, ano eleitoral. Esse seria o segundo reajuste no valor do programa feito pela gestão Michel Temer. O presidente anunciou um aumento de 12,5% logo após assumir o cargo. Neste ano, contudo, suspendeu a mudança no valor com a piora no quadro das contas públicas.

Questionado sobre o fato de o reajuste ocorrer em ano eleitoral, ele disse: “Os maiores reajustes do governo anterior foram em ano eleitoral. Não vamos repetir. Temos que ter caixa para fazer.” “O Bolsa Família ficou dois anos [na gestão Dilma] sem reajuste com inflação de 10% ao ano. Estamos lentamente recuperando”, afirmou Terra. O ministro disse que o reajuste deve ser feito com base na inflação e “um pouco mais”. “A inflação baixa ajuda.” O IPCA acumulado dos últimos 12 meses está em 2,7%.

CARTÃO-REFORMA

Um ano depois do lançamento do cartão-reforma em cerimônia no Planalto, Temer organizou outro evento para entregar R$ 6.000 do programa federal de habitação a três primeiros beneficiados. Uma reprodução gigante, parecida com os cheques dos programas de TV, foi providenciada para que fosse feita uma foto dos beneficiados com Temer e o ministro das Cidades, Bruno Araújo. Na fala, o presidente esqueceu o nome de um dos beneficiados do cartão e teve de recorrer às suas anotações. O valor médio do cartão, direcionado a famílias de renda mensal de até R$ 2.811, varia de R$ 2.000 a R$ 9.000. No total, foi direcionado R$ 1 bilhão do Orçamento.