SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Pelo menos quatro pessoas foram mortas e dez pessoas ficaram feridas, entre elas ao menos três crianças, em uma série de ataques a tiros na comunidade rural de Rancho Tehama, na Califórnia, nesta terça-feira (14). O atirador foi morto pela polícia.
O ataque começou por volta das 8h locais (14h em Brasília), segundo o vice-xerife do condado de Tehama, Phil Johnston. O atirador teria começado a disparar em uma casa da região e atingiu outros seis locais antes de terminar em frente a uma escola de ensino fundamental.
“Sabemos que houve um incidente de violência doméstica reportado por vizinhos, envolvendo o suposto atirador”, disse Johnston ao jornal “The New York Times”.
Morador de uma casa próxima ao local do ataque, Brian Flint afirmou que o suspeito, um ex-presidiário na casa dos 50 anos, matou um homem com quem dividia um apartamento antes de disparar perto da escola.”Esse cara estava louco e vinha nos ameaçando”, afirmou.
“Um dos professores correu e disse para que corrêssemos para dentro do prédio porque vinha um atirador”, disse Coy Ferreira, pai de uma aluna. “Entramos e ficamos dentro das salas de aula”
Segundo Ferreira, o homem continuou a disparar por mais 20 minutos, até que foi morto pela polícia. Com ele, os agentes encontraram um fuzil semiautomático e duas pistolas. Sua identidade não havia sido divulgada até a conclusão desta edição.
Entre os feridos há uma criança de seis anos que foi atingida dentro do carro da sua mãe quando estava chegando à escola. A instituição de ensino informou que nenhum de seus funcionários ou alunos morreu.
A escola foi esvaziada logo após a chegada da polícia. Os feridos foram levados a hospitais de cidades próximas, sendo dois em estado grave. Os outros foram liberados nas horas seguintes.
Rancho Tehama é uma região pouco povoada entre as cidades de Redding e Chico, a 160 km de Sacramento, no norte da Califórnia.
Em um canal oficial, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, disse que “está profundamente triste” com as vidas perdidas no ataque.
O novo ataque a tiros acontece em meio à reabertura do debate sobre o controle de armas nos EUA, após um mês e meio com dois ataques a tiros de grandes proporções.
Há dez dias um militar dispensado de 26 anos abriu fogo em uma igreja evangélica com um fuzil semiautomático e matou 26 fiéis em Sutherland Springs, no Texas. Segundo a polícia, Devin Kelley havia fugido de uma instituição psiquiátrica em 2012, mas isso não o impediu de comprar armas legalmente.
No dia 1º de outubro, o aposentado Stephen Paddock, 64, usou um fuzil com mecanismo que potencializava seu poder de fogo para matar 58 pessoas em um show de música country em Las Vegas.
Ele se matou logo após fazer o ataque a tiros mais mortífero da história recente dos Estados Unidos.