JEREMIAS WERNEK
PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS) – A partir desta quinta-feira (16) o Grêmio respira a final da Copa Libertadores, contra o Lanús-ARG. Depois de vencer o São Paulo e informar que sequer Renato Gaúcho vai a Santos na próxima rodada do Brasileirão, o time gaúcho mergulha de cabeça na decisão com poucas coisas em aberto. No time resta apenas uma dúvida de última hora: Michel ou Jailson.
Com seis treinos pela frente, o Grêmio ainda chega inteiro. Sem novas lesões e sustos.
A escalação para a final até poderia ter outra dúvida, entre Fernandinho e Everton, mas as escalações recentes não deixam margem para indefinição. O camisa 21 segue no time.
O mesmo não vale para a disputa entre Jailson e Michel. Titular durante toda a campanha na Libertadores, Michel passou por artroscopia no joelho esquerdo no final de setembro e voltou bem. Antes do prazo. Mas encarou um protocolo cauteloso para atuar de forma intensa.
Jailson, por outro lado, subiu de produção nas últimas semanas e apareceu ao lado dos titulares em mais de um jogo do Brasileirão. Em partidas que tinham justamente caráter preparatório para a semifinal e final da Libertadores.
“Tenho testado alguns jogadores, estou dando chance. Estou botando alguns, mas só 11 começam a partida. Até lá, tem mais uma semana. Nada está decidido. Ninguém é dono de camisa alguma. Até lá vamos treinar e ver”, disse Renato Gaúcho após a vitória em cima do São Paulo, em Porto Alegre.
Jailson atuou contra o Barcelona-EQU em Guayaquil, na atuação de luxo do Grêmio que rendeu 3 a 0, e subiu de conceito pelos treinos recentes. Michel encantou o time de Porto Alegre ainda no primeiro semestre e saiu de mero suplente a titular do time. Fazendo parte da melhor fase da equipe ao longo da temporada.
“O Michel vinha muito bem, fez uma cirurgia inesperada. É uma cirurgia, queira ou não mexeram no joelho dele. E o Jailson subiu muito de produção. Na verdade, o Jailson estava meio largado por não jogar. Tomou uns dois ou três puxões de orelha e subiu. Está bem. O importante é que os dois estão bem. Ninguém definiu que vai o Jailson. Na minha cabeça não tem dúvidas, na de vocês pode ter. O Michel voltou, voltou bem e não sentiu nada no joelho. É muito melhor ter dúvida com dois jogadores bem do que olhar para os lados e não ver ninguém bem”, ponderou Renato Portaluppi.
O time do Grêmio se desenha com: Marcelo Grohe; Edilson, Geromel, Kannemann e Bruno Cortez; Jailson (Michel), Arthur, Ramiro, Luan e Fernandinho; Lucas Barrios.
SEM SUSTOS
Entre a classificação à final e o primeiro jogo da decisão da Libertadores, o Grêmio disputou quatro partidas do Brasileirão. Em três destas rodadas usou pelo menos um titular. Somente diante da Ponte Preta montou uma equipe bem diferente. E mesmo assim, não teve problema.
“Tivemos uma série de percalços ao longo do ano, muitas lesões, mas na reta final temos apenas Maicon e Douglas fora. Temos retornos importantes”, celebrou Odorico Roman, vice de futebol do Grêmio.
Neste período, o Grêmio ainda recuperou Lucas Barrios. O centroavante havia sentido desconforto no primeiro jogo diante do Barcelona-EQU e não jogou contra o time de Guayaquil em Porto Alegre. E também preservou Bruno Cortez e Edilson, com dores musculares. Apenas Marcelo Oliveira e Beto da Silva, reservas, se lesionaram.
Até para evitar riscos, e fugir de um desgaste, o Grêmio jogará com reservas diante do Santos. Sem a partida e o deslocamento até a Vila Belmiro, o time de Renato Gaúcho terá mais dois dias de treino. Duas sessões para definir o companheiro de Arthur no meio campo e seguir sem sustos.