SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um submarino argentino com 44 tripulantes está desaparecido desde a manhã de quarta (15). A Marinha do país lançou uma operação de resgate, envolvendo duas corvetas e aviões de patrulha marítima.
O ARA San Juan estava em um exercício de vigilância na zona econômica exclusiva marítima argentina a cerca de 400 km a leste de Puerto Madryn, na Patagônia (sul do país). Ele se dirigia de volta à sua base em Mar del Plata, ao norte, quando as comunicações foram interrompidas.
A operação de emergência foi formalmente atualizada para um procedimento de busca e resgate na noite desta sexta-feira (17), depois que nenhum contato visual ou radar foi feito com o submarino, informou o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi.
“A detecção tem sido difícil apesar da quantidade de barcos e aeronaves” envolvidos na busca, disse Balbi, observando que ventos fortes e altas ondas estão complicando as buscas.
Há relatos na imprensa local de que houve um incêndio nas baterias do barco, mas a Marinha argentina não confirma a informação. Nesta sexta, havia um boato de que o barco havia sido encontrado, mas ele foi negado pelo porta-voz da Marinha.
“Esperamos que esteja na superfície”, disse Balbi.
O San Juan foi completado em 1985, e passou por uma longa revisão para lhe dar mais 30 anos de vida útil que acabou em 2013.
TWITTER
O presidente Mauricio Macri disse que o governo estava em contato com as famílias da equipe.
“Nós compartilhamos sua preocupação e a de todos os argentinos”, escreveu no Twitter. “Estamos comprometidos em usar todos os recursos nacionais e internacionais necessários para encontrar o submarino ARA San Juan o mais rápido possível”.
AJUDA ESTRANGEIRA
A Argentina aceitou ajuda dos Estados Unidos que enviará o avião explorador da NASA P-3, que estava estacionado na cidade do sul de Ushuaia e se preparava para partir para a Antártica.
O Reino Unido também ofereceu apoio nas buscas pelo ARA San Juan e disponibilizou um avião Hércules que opera nas ilhas Malvinas.
Outros países que se manifestaram ajuda ao governo argentino foram Brasil, Uruguai, Chile, Peru, e África do Sul, que também ofereceu assistência formal.