BRUNO GROSSI E JOSÉ EDUARDO MARTINS
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Sem risco de ser rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro, o São Paulo passa a ter mais tranquilidade para planejar 2018. Nos últimos dias, Dorival Júnior tem conversado com integrantes da diretoria para ver quais peças podem deixar a equipe mais qualificada. O técnico e o departamento de futebol, no entanto, ainda esperam a definição de quais recursos terão à disposição antes de fechar a lista de compras.
O São Paulo detectou a necessidade de se contratar um goleiro (Jean, do Bahia, já está perto de um acerto); ao menos um lateral direito; um volante (principalmente se Jucilei, emprestado pelo Shandong Luneng, não renovar o seu vínculo); um atacante de velocidade na ponta e um centroavante para repor a saída de Gilberto.
A ala direita, por exemplo, é um setor que preocupa bastante. Os dois jogadores da posição, Buffarini e Bruno, perderam espaço e devem ser negociados. O volante Militão, que deve ter o contrato renovado, vai acabar a temporada improvisado no setor. Entre os jogadores estudados como reforços estão Rafinha (do Bayern de Munique), Marcos Rocha (do Atlético-MG) e Victor Ferraz (do Santos). Michel, do Las Palmas, também foi oferecido. Como há custos bem variados entre os gastos com esses atletas, o clube ainda não partiu para a negociação sem saber quanto poderá gastar.
Para 2017, a previsão orçamentária era de R$ 17,5 milhões, mas o clube pôde investir muito mais porque também arrecadou além do esperado com a saída de atletas. Em 2018, o departamento financeiro não quer repetir esse roteiro. A ideia é não exceder os números que serão apresentados em dezembro e diminuir a dívida tricolor.
Por isso mesmo, foi proposto e aprovado na última reunião do Conselho Administrativo um projeto para que metade de toda verba proveniente da venda de jogadores seja diretamente destinada para o pagamento de dívidas bancárias. O projeto prevê que a despesa do departamento de futebol seja apenas 70% de tudo que o clube arrecadar no ano. Tais ideias devem ser levadas para apreciação na próxima reunião do Conselho Deliberativo, em dezembro, e poderão ser colocadas em prática em 2018.