PAULO ROBERTO CONDE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Diretor-presidente da ONG Atletas pelo Brasil, o ex-jogador Raí, 52, classificou como “absurda”, “arbitrária” e “golpe” a impugnação voto do representante da CBRu (Confederação Brasileira de Rugby), o que impactou a decisão quanto ao número de atletas na assembleia geral do COB (Comitê Olímpico do Brasil).
Ele disse que irá “até as últimas consequências” e pode acionar a Justiça para rever a decisão.
“Foi um absurdo. Não o resultado em si. Mas a maneira arbitrária e de má-fé que fizeram para cancelar o voto. Só mostra o grau de arbitrariedade que existe dentro do COB”, afirmou.
A Atletas pelo Brasil participou do processo de reforma do estatuto e fez visitas à sede do comitê. Ela reivindicava que os atletas tivesse ao menos 1/3 da presença das confederações na assembleia, ou seja, cerca de 12 membros.
“O que aconteceu foi uma traição, um golpe pelas costas. Incluindo o presidente Paulo Wanderley, que se absteve ao não se posicionar. Foi uma covardia”, complementou.
Segundo Raí, sua organização já está fazendo um estudo jurídico para tomar medidas cabíveis. “Estamos dispostos a ir até as últimas consequências.”
Outra ONG que participou do debate, a Sou do Esporte também repudiou o cancelamento do voto de Eduardo Mufarej, cartola da confederação de rúgbi.
“Infelizmente, 15 entidades que votaram contra o aumento da participação dos atletas, ancorados a justificativas de que a participação de ‘1 para 5 representa um aumento de 500%’, e mais falácias narrativas agregadas, além de nem sequer contemplarem árbitros e técnicos na discussão, persistem em estabelecer a mordaça como ferramenta para prevalecer suas ideias”, disse, em comunicado.