PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS) – Após a vitória por 1 a 0 do Grêmio sobre o Lanús nesta quarta (22), na ida das finais da Taça Libertadores, o técnico Renato Gaúcho reclamou muito do árbitro chileno Julio Bascuñán e da Conmebol. O pênalti não assinalado sobre Jael no fim do jogo gerou revolta dos gremistas.
“Vocês sabem bem que desde o início do ano que não gosto de falar de arbitragem, mas vocês viram. A única coisa que vou perguntar para Conmebol é o tal do vídeo. Eu vi o lance na TV. Ele [árbitro] olhou, levou o apito na boca, estava a três metros do lance, não estava encoberto. O Stevie Wonder não precisaria do vídeo para dar o pênalti. Até o Stevie Wonder veria o pênalti. A pergunta que eu faço é: Por que não foi usado o vídeo?. Foi um pênalti legítimo. Não sei por que não foi dado. Não precisa de vídeo, ninguém estava na frente dele. É o que eu queria saber”, disse citando o cantor norte-americano que é cego.
A reclamação pautou todas as declarações do Grêmio depois do jogo. Atletas, direção, todos se colocaram contra o árbitro chileno Julio Bascuñam.
“Aliás, nem precisava do vídeo. E por que não foi usado. Quando jogamos no Equador, nos deram uma palestra, pediram para não fazermos gestos, que poderíamos conversar. Pedimos vídeo, fazem de conta que não existe. A Conmebol tem que explicar o lance em cima do Jael, mais nada”, afirmou.
Além disso, Renato reclamou do cartão amarelo apresentado para o zagueiro Kannemann, que está suspenso e não disputa a finalíssima na próxima quarta (29), na Argentina.
“Vi o lance na televisão. Falar de arbitragem é chover no molhado. Nitidamente o jogador empurrou, provocou o Kannemann. Ninguém merecia cartão, nem o jogador deles. Ele aproveitou, deu cartão e tirou o Kannemann da final. Ele não queria ficar fora de uma final. O terceiro amarelo com uma falta merecida é uma coisa. Mas quando você é empurrado na área… Você quer que eu fale o quê? Você fica impossibilitado. Se abrir demais os braços, o juiz é capaz de expulsar.”
O treinador ainda lembrou da final da Libertadores que disputou como técnico em 2008, pelo Fluminense, e saiu derrotado. Na ocasião, o árbitro argentino Héctor Baldassi ignorou um pênalti sofrido por Washington no tempo normal e ainda cometeu erro crucial nas disputa por penalidades —ele permitiu que o goleiro Cevallos, da LDU, abandonasse seu posto após ter autorizado Thiago Neves a realizar sua cobrança.
“Eu espero que na Argentina tenhamos uma arbitragem totalmente diferente. Me lembro bem o que houve em 2008, espero que não se repita”, disse Renato.