CATIA SEBRA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Reunidas nesta sexta-feira (24), as centrais sindicais decidiram parar no dia 5 de dezembro em protesto contra a reforma da Previdência, na véspera da data em que o governo pretende levar o projeto à votação.
Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, a ideia é concentrar o movimento nas capitais. “Vamos reforçar a mobilização no setor de transportes.”
Antonio Neto, presidente da CSB, diz que “haverá forte resistência do movimento sindical contra a intenção do governo e do Congresso em terminar o serviço com a retirada dos poucos direitos dos trabalhadores”.
O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, afirma que as centrais estão convocando seus sindicatos de base para que realizem suas assembleias.
“O importante é lembrar que a Previdência mexe com a vida de todos, independentemente de suas categorias.”
Em nota divulgada na quinta (23), a Força classificou o novo texto da reforma como uma “Black Friday” de direitos, em referência ao evento de liquidação de preços do comércio.
O presidente Michel Temer remodelou a mudança de regras para aposentadoria em um pacote mais enxuto, cujos principais pontos são a exigência de idade mínima de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres), 15 anos de contribuição (setor privado) e 25 anos (setor público) e limitação de até dois salários mínimos para acúmulo de pensões.