Abro essa coluna escutando Um vestido y un amor do álbum Fina Estampa de Caetano Veloso. É uma música que representa muito para mim. Na época em que foi lançada em 1994, eu usava-os o tempo todo.

Com botinhas, meias e até descalça, se fosse verão. Um vestido tem uma ligação imensa para a imposição da nossa feminilidade.
Desde pequenas, fomos acostumadas a eles. Eu os detestei durante alguns momentos e os amei quando, minha mãe, generosamente, os cozia manualmente para que eu e minha irmã que, não somos gêmeas, mas temos uma pequena diferença de idade, pudéssemos ter roupas novas e iguais (evitavam brigas) para a festa de Natal.

E assim foi toda minha infância, muitos vestidos com babados, viés, motivos de frutas. Todos cobertos de amor. Para mim, vestido significava festa, celebração.
Foi meu único presente durante bons anos de trabalho dos meus pais para dar educação aos filhos.

Esse é um outro aspecto deles na minha (talvez na sua também) vida. Depois, temos a imposição da vestimenta ligada ao nosso gênero, mas eu não vou por aí não hoje. Vou me ater ao conforto e ao momento, hoje, quase 2018.
A história é que esse ano temos uma vasta opção desta peça. As mais surpreendentes são as largas, longas, quase camisolões e que dão um conforto enorme para quem as usa.

Ao contrário da fase embalada à vácuo, que vivemos uma época e que, claro, ainda há quem os use e ame, os vestidos de que falo hoje não marcam o corpo, vão com bota, sapato, sandália e tênis. Usa vai. Eu já resgatei a minha paixão por eles e estou vivendo louca e novamente esse amor. Se joga!


Com calça – Um transparente de novo, desta vez para usar como túnica. Já sabe né? Verde é a cor do momento! #SeJoga


 

Camisolão mesmo – É um dos que eu mais gosto. Para usar assim: livre e com uma meinha à la italiana. Se você não curte, vai de mules, tênis… youknow. #CloseCerto