SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi declarou neste sábado (9) que acabou a guerra de mais de três anos contra a facção terrorista Estado Islâmico. Durante a coletiva de al-Abadi, em Bagdá, as forças iraquianas estavam no controle total da fronteira do país com a Síria. Seu porta-voz disse que o desenvolvimento das operações de combate marcou o fim da luta militar contra a EI. Um comandante militar sênior confirmou que as operações de combate foram concluídas. “Todas as terras iraquianas estão libertadas dos terroristas Daesh e nossas forças controlam completamente a fronteira internacional síria-iraquiana”, afirmou o tenente-general Abdul-Amir Rasheed Yar Allah em comunicado divulgado logo após as declarações de al-Abadi. Daesh é um acrônimo em árabe para Estado Islâmico. O grupo terrorista invadiu quase um terço do território iraquiano, incluindo Mosul, a segunda maior cidade do país, no verão de 2014. Ao longo dos últimos três anos e meio, as forças terrestres iraquianas apoiadas pela coalizão liderada pelos Estados Unidos retomaram todo esse território. No entanto, os combatentes do EI continuam a ser capazes de realizar ataques insurgentes no Iraque. Na vitória mais significativa sobre os extremistas, as forças iraquianas retomaram Mosul no início deste ano. Al-Abadi declarou a luta concluída em julho, mas os confrontos continuaram na cidade. O Iraque agora enfrenta o desafio da reconstrução. A luta causou uma enorme devastação em muitas áreas, e cerca de 3 milhões de iraquianos ainda estão deslocados.