Em meio a articulações para a retomada da tramitação da proposta de emenda à Constituição (PEC) encaminhada pelo governo para a reforma da Previdência, a Câmara dos Deputados pode votar nesta semana projetos originários do próprio Congresso Nacional. O governo aposta na votação antes do Natal na Câmara. Assim, em fevereiro a matéria poderia iniciar a trâmitação final, passando pelo Senado, e enfim ser sancionada pelo presidente.
A duas semanas do recesso parlamentar, que começa no dia 23 deste mês, os deputados correm contra o tempo para tirar pendências da pauta do plenário e das comissões.
O presidente Michel Temer (PMDB-SP) declarou, durante evento pró-reforma ocorrido neste final semana , estar confiante e que o governo espera votar o tema no Senado em fevereiro. “Há convicção de que precisamos fazer agora (a votação) na Câmara dos Deputados para, na sequência, realizá-la no Senado Federal em fevereiro”, afirmou.
Ele pediu ainda apoio aos empresários para convocar deputados ligados ao setor para votarem a favor da reforma. Solicitou ainda aos empresários que façam uma “força-tarefa” e liguem para os deputados pedindo votos. “É preciso que os senhores saiam a campo: conhece um deputado, liga para ele”, defendeu.
Nas comissões, ainda está pendente a conclusão da votação das sugestões de mudança no texto da PEC que amplia a licença-maternidade para mães de bebês prematuros. A comissão especial criada para debater o assunto já aprovou o texto principal e acatou o primeiro destaque à matéria, derrubando o limite de 240 dias para a licença da mães.