SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um palestino esfaqueou um segurança israelense em um dos principais terminais de ônibus de Jerusalém neste domingo (10), informou a polícia de Israel, e episódios de violência se espalharam por várias cidades do mundo muçulmano, em protestos contra a decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. O segurança israelense está em situação crítica após o palestino de 24 anos, da Cisjordânia, tê-lo esfaqueado depois de se aproximar do detector de metais na entrada do terminal. O agressor foi detido depois de ter sido capturado por transeuntes. Após quatro dias, os protestos nos territórios palestinos, convocados pela facção islâmica radical Hamas, parecem ter arrefecido. Em Beirute, forças de segurança libanesas dispararam gás e jatos de água contra manifestantes, alguns deles com bandeiras palestinas, que protestavam nas proximidades da Embaixada dos EUA. Manifestantes incendiaram bandeiras dos EUA e de Israel em algumas ruas e jogaram projéteis contra as forças de segurança que fizeram uma barricada na rua principal da embaixada. Na capital do Marrocos, Rabat, dezenas de milhares de manifestantes marcharam, cantando slogans sobre a “liberação da Palestina” e a “morte de Israel”. Também houve manifestações do lado de fora da Embaixada dos EUA em Jacarta, capital da Indonésia. VISITA O chanceler palestino, Riyad al-Maliki, disse que vai procurar outro mediador de paz que não sejam os EUA para as negociações de paz, além de propor uma resolução no Conselho de Segurança da ONU contra a decisão de Trump. No sábado (9), um porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que ele não receberá o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, que tem visita à região prevista entre os dias 17 e 19 deste mês. Após o anúncio de Trump, Abbas afirmou que Jerusalém é a “eterna capital do Estado da Palestina”. Neste domingo, um porta-voz de Pence disse a decisão de Abbas é “lamentável”. “É lamentável que a Autoridade Palestina esteja se distanciando de uma oportunidade de discutir o futuro da região, mas o governo [dos EUA] permanece incansável em seus esforços para ajudar a alcançar a paz entre israelenses e palestinos, e nossa equipe está trabalhando duro para formular o plano”, disse o porta-voz Jarrod Agen.