O que mais incomoda nas redes sociais? A pergunta foi lançada essa semana no meu perfil do Facebook, onde 112 pessoas participaram de forma engajada, ou seja, comentando no post. A seguir serão listados os cinco principais motivos alegados como o lado negro do mundo digital e perceba que oras você detesta e noutras é o detestado.

Com 46% das indicações, as fakes news lideram nesta pesquisa espontânea como o pior tipo de conteúdo nas redes sociais. O resultado ratifica os estudos recentes sobre abalo na credibilidade dos veículos de comunicação, cujas notícias são compartilhadas na internet. De cada 100 consumidores de notícias, 58 dizem não ter total confiança nas notícias políticas em especial, de acordo com matéria da Folha de São Paulo de 31 de outubro. As notícias falsas compartilhadas de forma não deliberada, assim como links de notícias antigas, mas com efeito de atuais fermentam as discussões inócuas na rede, como bem observou uma participantes da pesquisa para o tema desta coluna. Isso reflete um outro problema da comunicação nas redes, o foco na produção de conteúdo farm likes, onde se atesta a leitura sem acesso ao link, quando os usuários se sentem informados pelos apenas pelos comentários. A informação se retroalimenta só com o post na rede social e não no link que leva à plataforma onde está hospedada.

Em segundo lugar com 23%, a intolerância, preconceito e hipocrisia atingiram o mesmo patamar de justificativas; o tal puxar a sardinha para sua brasa, conforme sua (des) crença. Os trolls e haters, ficaram em terceiro lugar com 18% das indicações de irritabilidade. Aqui se destaca o grupo que gosta de colocar lenha na fogueira e provocar a discussão até virar a casa da mãe Joana, transformando a postagem num campo de guerra virtual e que alavanca o segundo item mais comentado desta enquete.

E com 10% das opiniões, o conhecido mimimi, que representam os posts daqueles que reclamam da vida como a hiena triste do desenho Lippy e Hardy que tinha o bordão ó vida, ó céus, ó azar, são detestados pelos internautas que traduzem esse comportamento como uma forma dissimulada de chamar a atenção de forma negativa. E as selfies e posts de autoafirmação fecham com 3%, sob o argumento de vaidade exacerbada e efeito melancia pendurada no pescoço.

Até o whatsapp enche o saco
O fato é que aquilo que não se gosta pode ser aquilo que se posta. As redes sociais nada mais são que uma vitrine de nós mesmos em plataforma para o mundo ver. Claro, há usos e etiquetas para cada rede. O whatsapp por exemplo não é rede social, é um aplicativo, mas seu uso ultrapassou as fronteiras, inclusive a da irritação com mensagens cheias de gliter em grupos que não tem a noção mínima de como essas notificações nos fazem silenciar por tempo indeterminado (olha aí uma boa opção).

Outras coisas que estão no rol não gosto, citadas no post: falsa felicidade, textão, patrulha, redes sociais falando mal de redes sociais, embustes, check in em hospital, indiretas, necessidade de postar tudo, foto de gatos, perfil fake, frases de autoajuda, post ostentação de comida, convite de jogos, erros de Português, tudo sobre meu trabalho (viagens, promoções, etc), pieguice, diário da dieta e da academia, compartilhamento de fotos e videos de tragédias, correntes, mensagens privadas, conservadorismo, radicalismo e mais dezenas de mimimis.