SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dicionário americano Merriam-Webster escolheu feminismo como palavra de 2017.
Segundo o editor Peter Sokolowski, a busca pelo vocábulo aumentou 70% em relação a 2016 e teve diversos picos após eventos importantes, como a Marcha das Mulheres em Washington, em janeiro.
“A palavra feminismo foi usada de forma generalizada”, afirmou Sokolowski à Associated Press. “[Houve] O feminismo dos grandes protestos. Mas ela também foi empregada de maneira bem específica: o que significa ser uma feminista em 2017? Esse tipo de pergunta é o que acho que levou as pessoas ao dicionário.”
Outro pico de procura pela palavra ocorreu em fevereiro, quando Kellyanne Conway, conselheira do presidente dos EUA, Donald Trump, discursou no Comitê de Ação Política Conservadora.
“É difícil para mim me chamar de feminista no sentido clássico porque parece muito anti-masculino e certamente parece ser muito pró-aborto. Eu não sou nem anti-homens nem pró-aborto”, disse Conway. “Há um feminismo individual, se você quiser, o que você faz suas próprias escolhas. Eu me vejo como um produto das minhas escolhas, não uma vítima das minhas circunstâncias. E para mim, é disso que se trata o feminismo conservador.”
A palavra esteve no top 10 do Merriam-Webster dos últimos anos, e chegou a dividir a honra de palavra do ano com outros “ismos” em 2015: socialismo, fascismo, racismo, comunismo, capitalismo e terrorismo estavam incluídas nesse grupo.
No ano passado, a palavra do ano para o dicionário foi surreal.