Novamente o Flamengo saiu uma frente, mas novamente mas não resistiu ao Independiente. Desta vez, os dois times acabaram empatando em 1 a 1 no segundo jogo das finais da Copa Sul-Americana, na noite desta quarta-feira (13). A partida foi disputada no Maracanã. E quem a fez a festa no Rio de Janeiro foi o time argentino.

O primeiro jogo da decisão, em Avellaneda, no dia 6, terminou com vitória do Independiente por 2 a 1, de virada. Com isso, o time argentino jogava joga pelo empate para ser campeão. Já o Flamengo precisava vencer por dois gols de diferença. Se vencesse por apenas um gol, o título seria decidido na prorrogação. E, se ninguém a vencesse, iria para os pênaltis. Na final da Copa Sul-Americana, o gol fora de casa não vale como critério de desempate.

O Flamengo já estava garantido na Copa Libertadores de 2018, por ter terminado o Brasileirão em 6º lugar. Se conquistasse a Copa Sul-Americana, abriria mais uma vaga para um time brasileiro – no caso, o Atlético-MG – nas fases preliminares da competição no próximo ano.

Na história da Copa Sul-Americana, o Flamengo nunca faturou o título. Já o Independiente foi campeão em 2010, ao bater o Goiás na decisão. Além disso, o time argentino é o maior vencedor da história da Copa Libertadores, com sete títulos (1964, 1965, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984) – por isso é chamado de ‘Rey de Copas’ na Argentina. O Flamengo faturou a Libertadores apenas em 1981 e a Copa Mercosul em 1999.

O jogo

Jogando em casa, e com a necessidade da vitória, o Flamengo foi para cima. Correu alguns riscos no contra-ataque, mas pressionou. E abriu o placar aos 29 minutos. Diego cobrou falta na área, Juan desviou pelo alto e Réver conseguiu cruzar, quase da linha de fundo. A defesa falhou ao tentar afastar e Lucas Paquetá, a um metro da risca de gol, tocou para dentro.

Mas a alegria durou pouco. Aos 36 minutos, Meza caiu dentro da área do Flamengo, em disputa com Cuéllar. O árbitro deu o pênalti num primeiro momento, mas acabou recorrendo ao VAR (árbitro de vídeo). Depois de um minuto, o pênalti foi confirmado – os operadores do BVAR viram um empurrão de Cuéllar. O goleiro César, que defendeu um pênalti na semifinal contra o Junior de Barranquilla (Colômbia), saltou para o lado errado e não defendeu o chute de Barco, de 18 anos.

Na etapa final, o atacante Vinicius Junior entrou no lugar do lateral Trauco, aos 10 minutos. O time ganhou mobilidade. Porém, levou um susto pouco depois. Aos 14 minutos, Giglioti entrou na área após ganhar da marcação e tocou por cobertura. Juan, quase em cima da risca, esticou a perna e salvou o gol.

Animado com o lance, o Flamengo foi para cima. Vinicius Júnior teve uma boa chance de cabeça aos 17 minutos. Aos 20, Vinicius Júnior chutou torto, mas William Arão desviou de cabeça e quase marcou.

Aos 29 minutos, o goleiro César saiu do gol pelo alto, mas bateu em Réver e caiu de cabeça no gramado. Ficou desacordado por alguns segundos, mas recuperou os sentidos e continuou no jogo. Aos 33, Everton Ribeiro entrou no lugar de Cuéllar. Aos 40, Lincoln substituiu Lucas Paquetá. Nos últimos 10 minutos, os dois times criaram boas chances, mas ninguém marcou. Aos 48 minutos, Réver, sem goleiro, finalizou por cima do travessão. E o Independiente sagrou-se campeão.

FLAMENGO 1 x 1 INDEPENDIENTE

Flamengo: César; Pará, Réver, Juan e Trauco (Vinicius Júnior); Cuéllar (Everton Ribeiro), Willian Arão, Lucas Paquetá (Lincoln), Diego e Everton; Felipe Vizeu. Técnico: Reinaldo Rueda

Independiente: Campaña; Bustos (Gastón Silva), Alan Franco, Amorebieta e Tagliafico; Diego Rodríguez, Domingo, Martín Benítez (Albertengo), Meza (Sánchez Mino) e Barco; Gigliotti. Técnico: Ariel Holan

Gols: Lucas Paquetá (28-1º), Barco (36-1º)

Cartões amarelos: Albertengo, Everton, Vinicius Júnior, Campaña, Barco, Juan

Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia)

Público: 54.963 pagantes

Local: Maracanã, quarta-feira