SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um servidor da Infraero (empresa estatal que administra aeroportos do país) foi preso pela Polícia Civil sob a suspeita de manter uma fábrica clandestina de balões na própria casa, em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo.
Ricardo André de Souza, 39, trabalha no aeroporto de Congonhas, na zona sul da cidade, e foi preso em flagrante na última quarta-feira (13), após a polícia receber uma denúncia anônima com o endereço da fábrica clandestina de balões.
No local, Souza não resistiu à prisão. Ele levou os policiais até a “linha de produção”, que ficava escondida no subsolo da casa. Para acessá-la era necessário passar por um alçapão.
No espaço, os policiais apreenderam um vasto material usado para a confecção dos balões e levaram o funcionário da Infraero para o 22ºDP (São Miguel Paulista).
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito foi autuado por crime ambiental, mas acabou sendo liberado após pagar fiança de um salário mínimo (R$ 937).
A Infraero afirmou que “vai averiguar o caso em questão e colaborar com a Polícia Civil de São Paulo caso seja solicitada”.
Fabricar, vender, transportar ou soltar balões é crime previsto no artigo 42 da Lei de Crimes Ambientais, com pena de três anos de detenção e multa.
TRANSTORNOS
A soltura clandestina de balões próximo a aeroportos pode interromper as operações dos terminais.
Na capital paulista, os objetos causaram transtornos recentes para moradores da zona oeste.
Em novembro, um balão caiu sobre um prédio em Perdizes e provocou um incêndio em um dos apartamentos do condomínio. O telhado ficou totalmente destruído e, por sorte, ninguém se feriu.
Em agosto, um desses objetos atingiu a fiação elétrica da rua Teodoro Sampaio, próximo à rua Deputado Lacerda Franco, em Pinheiros. O fogo foi logo extinto, mas a energia teve que ser cortada temporariamente na região para a retirada do balão.