LEO BURLÁ E VINICIUS CASTRO
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Presos desde a última segunda-feira, os três funcionários de Flamengo, Fluminense presos por suposta ligação em um esquema de ingressos que envolve os clubes e organizadas foram soltos na última quinta.
Artur Mahmoud Machado e Filipe Dias, do Flu, e Claudio Tavares, do Fla, foram beneficiados por um habeas corpus concedido pelo juiz Bruno Monteiro Rulieri.
O alvará de soltura foi expedido também em favor de Alesson Galvão, presidente da Raça Fla, Leandro Schilling, Vinicius Coutinho dos Santos, Vinicius Carvalho, Monique Patrício dos Santos Gomes, todos da empresa Imply; Rodrigo Granja e Edimilson José da Silva, ambos ligados ao Vasco, também tiveram o benefício.
A prisão foi um pedido do promotor Marcos Kac, do Ministério Público. A ação investigou a ligação de funcionários e dirigentes de clubes de futebol com membros de torcida organizadas, que receberiam ingressos e fariam a revenda a preço acima do praticado na bilheteria.
Em entrevista coletiva realizada na Cidade da Polícia, as autoridades responsáveis pelas prisõesindicaram que pessoas da alta cúpula dos clubes poderão ser chamadas a depor e, enventualmente, também serem detidos por conivência com o crime de cambismo.
“A investigação continua, todas as pessoas citadas e chamadas na primeira fase da operação podem ser chamadas, denunciadas ou com a prisão temporária decretada”, explicou o promotor Marcos Kac, do Grupo de Atuação Especializada em Estádios (Gaedest) do Ministério Público.