SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Kaká anunciou neste domingo (17) que se aposentou do futebol. Em entrevista a Galvão Bueno no “Esporte Espetacular”, o meia de 35 anos afirmou que pretende estudar para ocupar um cargo de gestão. “Muito consciente que esse é o momento de encerrar minha carreira como jogador profissional. O ciclo da minha carreira se encerra aqui”. O anúncio veio em um quadro especial do programa junto com Galvão Bueno. Dentro do Morumbi, estádio do São Paulo, time que revelou Kaká para o futebol, a dupla relembrou os principais momentos da carreira do meia brasileiro. Durante a entrevista, Kaká afirmou que a eliminação na Copa do Mundo de 2006 para a França foi a mais difícil de sua passagem pela seleção brasileira. Quatro anos mais tarde, o Brasil voltaria a cair nas quartas de final, desta vez para a Holanda. “O mais doido foi perder da França em 2006. Depois de 82, a de 2006 foi uma das melhores de elenco, de nomes, que o Brasil já teve. Perder daquela forma foi difícil”, afirmou. Sobre os clubes, Kaká relembrou sua passagem pelo Real Madrid. Contratado após vencer o prêmio de melhor jogador do mundo, o brasileiro sofreu com lesões e mal conseguiu atuar na equipe comandada por José Mourinho. “Não foi o que eu esperava. Mais uma vez, uma grande lição para mim. Não tive problema (com Mourinho). Em todo momento, não transferi para ele ou para o Real Madrid culpa alguma”, completou. Kaká se aposenta do futebol tendo conquistado uma vez a Liga dos Campeões (2006/07), um Mundial de Clubes (2007), um Campeonato Espanhol (2011/12), a Copa do Mundo (2002) e a Copa das Confederações (2005 e 2009) como seus principais títulos. No São Paulo, único time que defendeu no Brasil, o meia foi campeão do Rio-São Paulo de 2001. SÃO PAULO PRESTA HOMENAGEM A KAKÁ Tão logo Kaká anunciou sua aposentadoria, o Twitter oficial do São Paulo postou uma dedicatória em homenagem ao agora ex-jogador. Clube que revelou o meia para o futebol, o time paulista agradeceu pelos “momentos especiais” e deixou as “portas da sua casa” abertas”. “Quando param de jogar, ídolos não se aposentam, entram para a história. Mais que gols e títulos, o que fica é o legado de dedicação, profissionalismo e carinho. Obrigado por ter feito parte de momentos tão especiais. As portas da sua casa estarão sempre abertas, Kaká”, escreveu.