SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As autoridades chinesas demoliram uma igreja cristã evangélica ao norte do país, em Linfen, na província de Shanxi. O Partido Comunista costuma desconfiar de movimentos organizados que possam fugir de seu controle, principalmente organizações religiosas. Pastores e membros da igreja destruída, a Jindengtai (candelabro dourado), já haviam sido presos em 2009 após uma ação violenta da polícia do governo na região. A província de Shanxi foi uma das primeiras regiões chinesas a receber missões de cristãos protestantes, desde o fim do século 19, sendo atingida também pela rebelião dos Boxers (1899-1901), movimento antiocidental e anticristão que matou mais de 30 mil chineses cristãos. Segundo o jornal chinês “Global Times”, a demolição faz parte de uma campanha municipal para eliminar construções ilegais. A igreja tinha cerca de 50 mil fiéis. As religiões oficialmente reconhecidas na China (catolicismo, protestantismo, islamismo, budismo e taoismo) estão estritamente sob controle e regulação. Há na China, segundo dados de 2014, 5,7 milhões de católicos e 23 milhões de protestantes, porém este número não inclui membros de igrejas não reconhecidas, majoritariamente protestantes. Outras igrejas não oficiais foram destruídas na China nos últimos anos.