GABRIELA SÁ PESSOA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), diz que o que sempre fez foi coordenar a “engenharia partidária” para campanhas dos outros, mas hoje trabalha na costura de sua própria pré-candidatura ao governo do Estado.
Nesta segunda (15), França anunciou o apoio do PR, para mostrar que a “capacidade de articulação independe do PSDB.
Com o apoio da legenda, que tem 32 prefeitos em São Paulo, o vice-governador afirmou que “o mundo da política vai perceber que a candidatura do PSB é irreversível e vai ter estrutura”.
Até o fim da semana, França promete formalizar a aliança com Pros e Solidariedade. A agenda de alianças foi noticiada pela Folha de S.Paulo nesta segunda.
Na sexta (12), França se reuniu com Paulinho da Força no diretório do Solidariedade e combinou com o deputado federal que tentaria ampliar as frentes de trabalho, programa de interesse do novo aliado, no Estado.
O programa contrata temporariamente desempregados para tarefas de zeladoria, pagando R$ 300 por mês por uma jornada diária de seis horas. O objetivo é chegar a 10 mil vagas em 2018.
França deve assumir o Bandeirantes em maio -quando o governador Geraldo Alckmin deve se licenciar do cargo- e tentará construir uma marca própria na administração, posicionando-se ao mesmo tempo como sucessor das políticas de Alckmin.
Por ora, estuda programas como a ampliação da frente de trabalho. Também avalia exportar para o Estado um projeto que instituiu na sua gestão em São Vicente, uma espécie de “Menor Aprendiz” em que o governo passaria a contratar jovens de baixa renda como orientadores de trânsito e agentes comunitários.
Também planeja divulgar a ampliação de vagas neste mandato na Univesp, a universidade estadual de ensino à distância -segundo ele, um projeto que coordenou a pedido de Alckmin.