MOISÉS SARRAF BELÉM, PA (FOLHAPRESS) – O corpo do brasileiro Amaury Castro da Silva, 47, morto na Venezuela durante um assalto no sábado (13), deve chegar a Manaus ainda nesta segunda-feira (15). Não há informações oficiais, mas, segundo relato a familiares feito por amigos no local, o carro onde ele estava com a família foi seguido e depois foi alvo de tiros. Em Manaus, familiares não sabem exatamente o que ocorreu em território venezuelano. “Ainda não conversamos com a minha sobrinha. Ainda é difícil entender o que aconteceu nesse momento”, diz Douglas Costa, tio da mulher de Amaury. Morador de Manaus, onde trabalhava no setor administrativo da companhia Rico Táxi Aéreo, Amaury passava férias na Venezuela junto da mulher, Bárbara Silva, e de dois filhos, de 16 anos e de 19 anos. A família viajava com amigos desde a última quinta-feira, 11. O grupo de turistas se dirigia à ilha Margarida, que fica no mar do Caribe, norte do país. Pelo relato de amigos na Venezuela aos familiares, os veículos foram cercados na estrada e houve disparos. Amaury foi baleado no peito e morreu. Os assaltantes levaram celulares e objetos pessoais das vítimas. A mulher de Amaury teria assumido o volante e conduzido o veículo até um posto policial. De acordo com jornais venezuelanos, os assaltantes estavam em quatro veículos. O crime teria ocorrido por volta das 22h, à altura do setor Los Rosos, entre as cidades de Upata e Ciudad Guayana. A região fica a cerca de 550 km de Caracas. Apesar de ser comum que moradores de Manaus passem férias no país vizinho, essa era a primeira vez que Amaury e a família visitavam a Venezuela. TRANSLADO Segundo a empresa na qual o brasileiro trabalhava, o corpo de Amaury está em trânsito, via rodoviária, rumo a Pacaraima (RR), na fronteira do Brasil com a Venezuela. Em seguida, serão mais 195 km até a capital do Estado, Boa Vista. De lá, a empresa disponibilizou uma aeronave, que fará o traslado do corpo de Amaury, além da mulher e filhos, a Manaus. Em nota, o Itamaraty informou que, está acompanhando o caso e “está em contato com autoridades locais e com as famílias dos brasileiros, inclusive a de Amaury Silva, para prestar a assistência consular cabível”. A reportagem entrou em contato com o Consulado da Venezuela em Manaus e com a Embaixada em Brasília, mas não houve resposta.