BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O deputado Fernando Capez (PSDB) disse à Folha de S.Paulo que não cometeu crimes e que não há provas contra ele.
“O que não existe não pode ser provado. As provas colhidas já demonstraram a inexistência dos fatos. Reitero que jamais conversei com [Fernando] Padula, seja pessoalmente ou por telefone ou por qualquer pessoa que possa lhe ter passado a ligação”, disse Capez.
“Jamais pedi qualquer favorecimento à cooperativa. Para fraudar uma licitação é preciso um pouco mais do que uma ligação de 30 segundos que nego ter ocorrido.”
Jéter Pereira, ex-assessor do gabinete de Capez, negou ter tratado com a Coaf e participado dos desvios.
“O que eles encontraram na minha conta foram R$ 38 mil que não têm nada a ver. Eles pediram que eu esclareça, que eu prove de onde veio [o dinheiro], só isso. Eu provando de onde veio está tudo OK. Veio das minhas contas, é dinheiro que a gente guarda”, disse.
“Desde o começo eu sempre disse que não recebi nenhum centavo. Eu era um simples assessor para ficar atendendo telefone no gabinete e jamais teria capacidade para arquitetar um plano para desviar milhões”, disse.
A reportagem não localizou Fernando Padula, ex-chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Educação.
O ex-assessor José Merivaldo dos Santos, que trabalhou no gabinete de Capez e ocupou vários outros cargos na estrutura do PSDB na Assembleia Legislativa, também não foi localizado.
O advogado Ralph Tórtima Filho, que defende o ex-presidente da Coaf Cássio Chebabi, disse que “desde a deflagração da operação, a postura do Cássio foi de colaboração, e ele se mantém firme no propósito de auxiliar no esclarecimento dos fatos”.
A reportagem não conseguiu contato com as defesas de Dione Di Pietro e César Bertholino.