O último caso de febre amarela autóctone confirmado no Paraná foi em 2008, em Laranjal, região central do Estado. Com relação a óbitos, os últimos também ocorreram no mesmo ano nas cidades de Maringá (caso importado) e Laranjal. Mas a Secretaria de Estado de Saúde está atenta diante do aumento de casos em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. 

Além da vigilância de casos, o Paraná também realiza a vigilância do óbito de macacos e coleta de mosquitos. Apenas em 2017, foram investigados 182 pontos em 89 municípios, o que corresponde a 22,3% do território estadual. O último inquérito foi realizado no mês de dezembro e, até agora, todos os resultados foram negativos para a presença do vírus.

Investigamos quaisquer possíveis rumores sobre a morte de macacos ou notificações da doença. A comunicação em sintonia entre os serviços e a investigação ocorrendo em tempo hábil são ferramentas fundamentais para evitarmos a doença no Paraná, fala a chefe da Divisão de Controle de Vetores, Joseana Cardoso.

Os profissionais da Atenção Primária também devem estar atentos a qualquer sintoma ou sinal da febre amarela. Todas as equipes das unidades de saúde, incluindo os agentes comunitários, devem informar a Secretaria da Saúde sobre qualquer possível caso da doença. Queremos que a população paranaense esteja atenta e segura, fala a chefe do departamento de Atenção às Condições Crônicas, Márcia Steil.

Queremos incentivar os profissionais de saúde a cuidarem de toda a população do Paraná como cuidam de seus entes queridos. A orientação principal é incentivar a prevenção por meio da vacinação. Conversar com famílias, amigos e colegas de trabalho para lembrarem da importância de tomar a vacina e ficar protegido, fala a superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordellini.

Diferente de outros estados do país, o Paraná não está fracionando as doses da vacina contra a febre amarela. É necessária apenas uma dose da vacina para garantir a imunidade por toda a vida. A vacinação está disponível em todas as cidades do Estado nas principais unidades de saúde. Ela é indicada para crianças a partir dos 9 meses e adultos até os 59 anos.

O alerta principal é para pessoas que residem em áreas de matas e rios ou que fazem atividades como trilhas, pesca e acampamentos. Quem for visitar esses locais, deve procurar a unidade de saúde pelo menos 10 dias antes da viagem. Esse é o tempo necessário para garantir a devida imunização contra a doença.

Para gestantes, mulheres que amamentam, crianças até 9 meses de idade, adultos maiores de 60 anos, pessoas com alergia grave a ovo ou imunodeprimidos a recomendação é que só sejam vacinados com indicação médica.