LEANDRO MIRANDA SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Apresentado no Palmeiras nesta sexta-feira (19), o meia Gustavo Scarpa negou ter agido de má-fé ao deixar o Fluminense por vias judiciais. Em entrevista coletiva, o reforço alviverde se defendeu das críticas que recebeu em sua saída do clube carioca e também afirmou que entende o motivo de atletas terem se recusado a assinar com o time carioca.

“Na questão de má-fé, eu já não acredito nisso. Quem me conhece sabe do meu caráter, da pessoa que eu sou”, afirmou. “E outra, a causa foi vencida a princípio na Justiça, então quem estava agindo de má-fé, sendo injusto, não era eu. Claro que não a instituição, não tem nada a ver, é maior que Scarpa ou qualquer pessoa que administra o clube.”

“O que estavam fazendo comigo era injusto e não era a opção que eu queria, que eu sonhava”, continuou. “Por mais que eu não tivesse tido nenhum título de expressão lá dentro, a minha história no Fluminense era bonita. Foi a última opção, não foi escolha minha, foi o que me restou. Não foi má-fé, lutei pelos meus direitos.”

A situação desfavorável dentro do Fluminense influencia tanto na saída de jogadores, quanto na pouca aceitação de possíveis contratações, avaliou Scarpa. “Não queria falar que é uma fria, porque vão pegar fora de contexto. Mas quando eu estava negociando e jogadores não queriam ir para o Fluminense, me perguntavam: ‘você não está bravo com o cara?’ Eu respondia: ‘entendo o lado do jogador, talvez eu não iria querer também.’ Não queria sair assim, mas foi a única opção que me restou”, explicou. Scarpa ainda não estreou pelo Palmeiras, que realizou seu primeiro jogo na temporada na quinta-feira (19). O time alviverde iniciou o Campeonato Paulista com vitória por 3 a 1 sobre o Santo André, no Allianz Parque. O reforço foi apresentado à torcida no gramado do estádio, antes da partida.