RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Mãe da bebê de oito meses morta no atropelamento na noite de quinta (18) na praia de Copacabana, Niedja da Silva Araújo disse nesta sexta (19) que não se lembra do acidente. “Só lembro quando eu estava já no chão. Eu não vi mais nada”, afirmou Niedja, ao chegar no IML (Instituto Médico legal) para tentar liberar o corpo da filha. Ela havia recebido alta do hospital minutos antes. Com o corpo enfaixado, gemia de dores e teve que contar com a ajuda de familiares. “A minha Maria [Louise], que eu amo tanto, que ele tirou de mim. Acabaram com a minha vida”, disse a mãe, que estava passeando no calçadão na noite de quinta (18). Darlan Rocha, pai de Maria Louise, lamentou que Antonio de Almeida Anaquim, 41, estava dirigindo com a CNH suspensa. “Perder um filho de oito meses é muito difícil. Não sei como o monstro que fez isso consegue ficar dirigindo por aí com a carteira vencida”, disse. “Não tem explicação. Como um motorista entra no calçadão da praia e sai atropelando todo mundo”, disse o pai da menina Louise. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio,até sexta, oito pessoas internadas. Os nomes das vítimas não foram divulgados. O ferido mais grave, e com risco de morte, é um turista australiano de 68 anos, com traumatismo craniano, uma fratura no ombro e que respira por aparelhos. Uma família com pai e três crianças está entre os feridos. A filha de 7 anos passará por cirurgia ortopédica na semana que vem. Ela é irmã de outras duas crianças, de 2 e 10 anos, que já receberam alta. O pai das crianças passará por cirurgia em uma das pernas. Além do australiano, um argentino sofreu fraturas e também passará por cirurgia. Uma pessoa de 32 anos teve fraturas graves em um dos braços e terá de ser transferida para um hospital de alta complexidade.