SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um grupo formado por quatro homens armados invadiu um escritório da ONG de ajuda humanitária Save the Children na cidade afegã de Jalalabad, nesta quarta-feira (24).
O ataque terminou em confronto com as forças de segurança que cercaram o prédio, deixando ao menos dois mortos e 12 feridos. Pouco após o Taleban negar envolvimento no caso, o Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado.
A cidade de Jalalabad (a cerca de 150 quilômetros da capital Cabul) fica próxima a fronteira do país com o Paquistão, região que tem presença do grupo.
A ação começou com um carro-bomba que explodiu do lado de fora da sede da ONG por volta das 9h locais (2h30 de Brasília). Na sequência, os homens armados entraram no complexo, fazendo com que crianças e moradores deixassem o local. Logo depois, soldados das forças especiais afegãs chegaram, dando início a troca de tiros.
“Houve uma explosão e o alvo era a Save the Children”, disse Attaullah Khogyani, porta-voz do governo local. “Agressores entraram no complexo e o combate está acontecendo”.
“Uma explosão sacudiu a área e logo depois crianças e adultos começaram a correr para longe”, disse à agência de notícias Reuters Ghulam Nabi, que estava próximo ao prédio no momento do ataque.
As autoridades afirmaram que os feridos foram levados para hospitais da região, mas não informaram o estado de saúde das vítimas. Também não está claro o que aconteceu com a equipe da ONG que estava no complexo no momento do ataque.
Logo que entrou no prédio, a equipe de segurança encontrou um corpo, que ainda não foi identificado. A segunda vítima fatal é um dos soldados das forças especiais.
Fontes policiais disseram à Reuters que um dos homens que iniciou o ataque se explodiu e um segundo foi morto pelos agentes de segurança, mas a informação não foi confirmada oficialmente.
Em nota, a Save the Children, que tem sede no Reino Unido, lamentou o ataque e disse que, “a maior preocupação é com a segurança e a proteção da equipe”. A ONG afirmou que espera mais informações sobre o caso.
A Cruz Vermelha, que em outubro de 2017 diminuiu o número de funcionários no Afeganistão devido a falta de segurança no país, também comentou o caso.
“O ataque contra uma organização que ajuda crianças é um absurdo. Trabalhadores civis de ajuda humanitária não devem ser alvos”, disse Monica Zanarelli, diretora da operação da Cruz Vermelha no Afeganistão.