SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente filipino, Rodrigo Duterte, é investigado pelo Tribunal Penal Internacional, sediado em Haia, na Holanda, por crimes contra a humanidade supostamente cometidos durante a sua campanha de combate às drogas, uma das principais bandeiras do seu governo.
Os números oficiais mostram que aproximadamente 4 mil pessoas foram mortas no país pela polícia desde que o filipino chegou ao poder, em junho de 2016.
Ativistas de direitos humanos, que falam em um número ainda maior, acusam Duterte de estimular os assassinatos e tentar impedir as investigações de execuções feitas por policiais a traficantes e usuários de drogas.
As forças de segurança rebatem as acusações argumentando que as mortes ocorreram em decorrência de tiroteios contra traficantes em operações policiais.
Comunicado sobre o inicio da análise preliminar dos fatos pela Corte, o governo das Filipinas classificou a investigação como um “desperdício do tempo e dos recursos do Tribunal”.
O Tribunal, criado em 1998 para julgar pessoas acusadas de genocídio, crime de guerra e crime contra a humanidade, só age quando a Justiça do país da pessoa acusada é omissa no caso.