SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente Michel Temer criticou nesta sexta-feira (9) o ditador Nicolás Maduro e disse que Brasil e Venezuela passam por um “embate diplomático”.
Em entrevista à Rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul, ele disse não concordar com o regime venezuelano e afirmou que ele é responsável pelo grande número de refugiados.
“A Venezuela não foi admitida no Mercosul (sic) exatamente em face do que está ocorrendo por lá”, disse, em alusão à decisão dos demais países-membros do bloco de afastar Caracas.
O emedebista observou que, apesar das divergências políticas, o Brasil tem buscado prestar ajuda humanitária aos venezuelanos que têm cruzado a fronteira para Roraima.
Na sexta-feira (9), uma comitiva de ministros viajou ao Estado para realizar uma espécie de censo da população de refugiados.
Na visita, o ministro Raul Jungmann (Defesa) anunciou que reforçará a segurança na fronteira com a Venezuela e dará início à realocação dos milhares de imigrantes.
Segundo ele, o efetivo do Exército passará de 100 para 200 soldados. As equipes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal no Estado também crescerão.
“Eles saíram por fome, saíram por falta de medicamento, saíram por conta da crise que está acontecendo lá, mas, ao mesmo tempo, isso sobrecarga e muito o Estado e a cidade”, disse.