SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Fenômeno. É dessa maneira que todos se referem à norte-americana Chloe Kim, 17. E não é de hoje.
Em 2016, por exemplo, ela deixou público e crítica embevecidos com atuações magistrais nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude de Lillehammer, na Noruega, de onde saiu com duas medalhas de ouro.
Nesta segunda-feira (12), ela reforçou a aura com outra atuação soberba, mas em um palco ainda mais grandioso.
Chloe, natural de Long Beach, na Califórnia, e descendente de sul-coreanos, venceu a prova do halfpipe no snowboard nos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, na Coreia do Sul, sem tomar conhecimento das rivais.
Na descida final, que lhe rendeu a medalha de ouro -a primeira em uma Olimpíada de Inverno “adulta”-, Chloe obteve pontuação 98.25 após realizar duas manobras de 1080º consecutivas.
A chinesa Liu Jiayu ficou com a medalha de prata, quase 10 pontos atrás da campeã, e outra norte-americana, Arielle Gold, com o bronze.
“Eu sabia que não ficaria satisfeita se voltasse para casa com o ouro, mas com uma performance abaixo do que podia fazer”, afirmou Chloe, que também divide seu tempo entre a guitarra e o surfe.
“Eu ponho muita pressão sobre meus ombros e queria ter o melhor desempenho da minha vida aqui.”
A adolescente lidera o ranking mundial da modalidade e, antes do início da competição, despontava como franca favorita ao título.
A vitória teve um sabor ainda mais especial porque, há quatro anos, Chloe poderia ter competido -e até ido ao pódio- nos Jogos de Inverno de Sochi.
À época, ela já estava entre as melhores do mundo no snowboard, mas como tinha apenas 13 anos foi vetada da competição. A idade mínima era 15 anos.
Nos anos seguintes, ela enfileirou conquistas como que para provar que já era a melhor de todas. Além dos ouros em Lillehammer, Chloe também somou seis medalhas nos X-Games, dos quais quatro ouros, uma prata e um bronze.
“Eu não pratico  snowboard para vencer tudo. Mas, sim, porque amo. Eu me divirto, e para mim é disso que se trata”, disse a atleta em entrevista ao “USA Today” em fevereiro de 2017.