PAULO SALDAÑA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Daniela Mercury quer eleger o samba presidente do Brasil. “Posso até organizar a coligação dos sambas”, disse a baiana antes de começar seu desfile pela rua da Consolação neste domingo (18), no centro de São Paulo.
Como já havia ocorrido nos últimos dois anos, A Pipoca da Rainha arrastou multidões. O público respondeu entusiasmado desde a primeira nota de um dos seus maiores clássicos, “O Canto da Cidade”, que abriu o show às 15h19 -e cujo lançamento completa 25 anos. Oficialmente, Mercury encerrou o Carnaval paulistano de 2018.
Para ela, o samba deve ser presidente por representar o país. “Vamos escolher o samba através do voto. Porque a democracia precisa ser restaurada a partir deste ano. E começa no Carnaval”. Samba Presidente é uma das suas músicas recentes.
Colado na corda do trio, o confeiteiro Wesley Garcia, 25, elogiou a mensagem política de Daniela. “Ela tem uma energia muito boa, a favor da igualdade social. É encantadora”, disse. Às 18h, o bloco seguia a todo vapor e tomava as duas pistas da Consolação.
Antes do início, o secretário das Prefeituras Regionais, Cláudio Carvalho, considerou o Carnaval da cidade um sucesso. “Foi muito bom, sem confusão, sem brigas, modéstia à parte, uma organização muito elogiada”, disse, ao defender que a questão da limpeza também ficou “muito bem resolvida”.
Sobre transtornos vividos por pacientes do Hospital Beneficência Portuguesa com o Carnaval na avenida 23 de Maio, Carvalho disse que melhorias foram feitas e deu como exemplo a redução no volume dos blocos no sábado. “É um processo de melhoria contínua. Mas o Carnaval da 23 de Maio veio para ficar”.
O secretário estimou que, com o desfile deste domingo, o Carnaval paulistano reuniu 12 milhões de pessoas na rua. A cidade de São Paulo tem 12 milhões de habitantes. Questionado sobre a fonte para os dados, Carvalho disse que se baseou em informações da GCM, PM, drones de monitoramento e os próprios trios.