DANILO LAVIERI
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma nova derrota no clássico do último domingo (18) foi o suficiente para agitar o ambiente do São Paulo. Depois de conseguir quatro vitórias consecutivas, a equipe perdeu do Santos por 1 a 0 e deixou o Morumbi xingada. O principal alvo foi Dorival Júnior.
O comandante alegou durante entrevista coletiva que sua equipe foi muito melhor no jogo e que merecia vencer. Segundo ele, a lógica se repete para analisar o revés contra o Corinthians rodadas atrás no Paulistão. A desculpa não foi bem aceita pelos torcedores.
Se já esboçavam vaias com a bola rolando no Morumbi, foram até a porta do estádio para xingar a delegação na saída do palco de jogo. O comandante foi o principal alvo e o único que recebeu crítica nominal.
Depois, na zona mista, todos os atletas são-paulinos que toparam falar precisaram comentar sobre a pressão exercida pela torcida. Até mesmo Valdívia, que fazia sua estreia em casa, precisou comentar o assunto. Ele deu razão aos torcedores.
Marcos Guilherme, que foi substituído durante os 90 minutos, disse que o grupo não poderá se influenciar pela pressão externa. “O que vem de fora não pode nos atingir, porque se começar a atingir vai complicar”, analisou.
Jucilei, um dos mais experientes do grupo, repetiu o discurso do treinador e disse que o São Paulo foi merecedor da vitória, mas que as vaias só acabariam com vitórias.
Dorival ainda deve ser centro de discussões nos debates esportivos na segunda-feira. Além de dizer que seu trabalho está chegando perto do ideal e que sua equipe merecia melhor sorte, pontuou que “treinador não pode fazer gols”.
Mesmo com as vitórias, a equipe sofre críticas por não apresentar um futebol convincente. Em todas as entrevistas, o técnico faz críticas ao calendário brasileiro, repete que nenhum time está apresentando um desempenho vistoso e diz que tem pouco tempo para trabalhar.