GÉSSICA BRANDINO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O primeiro suplente de Paulo Maluf -preso em dezembro e afastado de seu mandato de deputado federal nesta segunda (19)-, Junji Abe (PSD-SP), foi condenado em segunda instância e acumula processos por improbidade administrativa. O parlamentar foi prefeito de Mogi das Cruzes (região metropolitana de São Paulo) e chegou a ter o registro de candidatura a deputado federal barrado pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) com base na Lei da Ficha Limpa, mas a decisão foi revertida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Abe foi condenado em segunda instância sob acusação de ter nomeado um procurador em Mogi das Cruzes sem a realização de concurso. O TSE autorizou a candidatura com a justificativa de que não houve enriquecimento ilícito no caso. O advogado de defesa Marcelo Espanha afirma que está recorrendo da decisão da Justiça paulista no STF (Supremo Tribunal Federal) e no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e que a decisão do TSE mostra que não há impedimento para que Abe assuma o mandato na quarta (21). Espanha também afirma que houve vício nos julgamentos, que provas deixaram de ser produzidas e que não houve prejuízo aos cofres públicos, já que o procurador prestou serviço. Tramitam também na primeira instância da Justiça paulista 11 processos sob acusação de improbidade administrativa, um por suspeita de fraude em licitação do transporte público. Segundo o promotor Kleber Henrique Basso, há ainda um inquérito civil que investiga direcionamento de licitação em 2007.