ISABEL FLECK E DANIELA LIMA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A assessoria do ex-procurador Marcelo Miller disse que a informação de que uma operação da Lava Jato seria deflagrada no dia seguinte à troca de mensagens “não adveio de nenhum órgão estatal”. “O conteúdo da mensagem não adveio de nenhum órgão estatal, tendo origem na sua atuação como advogado, o que o obriga a preservar o sigilo profissional”, disse. À reportagem, a assessoria destacou que Miller já estava desligado dos quadros do MPF (Ministério Público Federal) “havia mais de 40 dias” quando enviou a mensagem. Quanto à declaração de Miller de que Eduardo Pelella, então chefe de gabinete de Rodrigo Janot, confirmara que a Procuradoria Geral da República soltaria nota negando a participação do ex-procurador na delação da JBS, a assessoria diz que o comunicado era uma “resposta enérgica” necessária “diante das inverdades que se veiculavam na imprensa”. Ela, contudo, não esclarece o contato feito entre Miller e Pelella. O escritório Trench Rossi Watanabe disse, em nota, que, sempre “colaborou com as autoridades”, destacou que os envolvidos não fazem mais parte de seu quadro de sócios e manifestou “total disposição” em auxiliar nas investigações. Procurada, a PGR disse que não se manifestará sobre o tema. A advogada Esther Flesch também não quis falar.