BERNARDO GENTILE
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Após colher os frutos com a boa escolha por Jair Ventura, o Botafogo decidiu repetir a dose e promover um treinador caseiro para assumir a equipe profissional. Felipe Conceição foi o eleito pela diretoria, convicta na aposta.
O início de temporada, no entanto, tem sido turbulento, com eliminações na Copa do Brasil e Taça Guanabara, que custaram a troca do treinador. O substituto agora é outro jovem profissional, Alberto Valentim.
A decepção com Conceição não se restringiu ao desempenho dentro das quatro linhas, até porque ele é decisivo para as finanças. Levando em consideração as eliminações recentes, o Botafogo deixou de ganhar R$ 7,8 milhões.
A queda vexatória na Copa do Brasil, de longe, é a mais dolorida. O time alvinegro tinha no planejamento chegar, no mínimo, até as oitavas de final da competição. Com a nova premiação, o Botafogo teria a receber mais R$ 6,8 milhões —já recebeu R$ 1 milhão por ter disputado a primeira fase e ser eliminado pela Aparecidense-GO.
E foi justamente esse jogo que desencadeou uma verdadeira bola de neve. Em crise, o Botafogo encarou o Flamengo na semifinal da Taça Guanabara e foi presa fácil para o rival. O título do primeiro turno estava nos planos e renderia mais R$ 1 milhão ao clube de General Severiano.
A conta poderia ficar ainda maior, já que Felipe Conceição deixou o cargo de treinador. Apesar disso, ele seguirá no clube e não causará mais nenhum tipo de custo extra. Ao virar treinador dos profissionais, Conceição manteve o mesmo contrato de quando treinava o sub-17.
Somente agora, após a ‘demissão’, é que esse contrato será rescindido de forma amigável para assinar um novo documento. Felipe seguirá no Botafogo, mas ainda não se sabe onde será encaixado nesse primeiro momento. O time alvinegro ainda aposta no profissional e decidiu mantê-lo para ganhar mais experiência.