MARCELO TOLEDO
RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) – A pacata estância climática de Caconde (a 288 km de São Paulo) viveu momentos de terror na madrugada desta quarta-feira (21), após cinco de suas seis agências bancárias serem atacadas por uma quadrilha.
Foram ouvidas ao menos quatro explosões na região central da cidade, de 19 mil habitantes, a partir da 1h30 desta quarta (21). As agências do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Sicoob foram alvo de explosões. Uma quinta, da Sicredi, também teve vidros quebrados.
A ação, segundo relatos de moradores, foi desencadeada por até 20 assaltantes, que estavam em quatro camionetes. “Quando ouvimos a primeira explosão pensamos que eram foguetes, nunca íamos imaginar que fosse isso”, disse o vendedor Antônio Menezes.
As explosões destruíram quase que completamente as áreas dos caixas eletrônicos nas agências do Banco do Brasil, Bradesco e CEF.
Cápsulas de balas foram encontradas em todo o centro da cidade e há marcas de tiros num imóvel distante 500 metros da região dos bancos -todos ficam próximos.
Além dos bancos, duas lojas na região central foram danificadas por tiros e um dos dois semáforos da cidade também foi atacado.
Com os ataques, a cidade iniciou o dia praticamente sem serviço bancário. Somente as agências do Sicredi e do Santander, que foram poupadas pelos criminosos, abriram as portas.
Clientes dos quatro bancos que não abriram estão sendo obrigados a ir até Tapiratiba, cujo centro fica a 15 quilômetros de Caconde, para serem atendidos com os serviços bancários.
A  polícia investiga o caso. A informação recebida pela corporação foi de que a quadrilha fugiu rumo a Muzambinho (MG), distante a 28 quilômetros.
Há dois anos, as agências do Banco do Brasil e do Sicoob já haviam sido explodidas por uma quadrilha em Caconde. À época, segundo a prefeitura, o Banco do Brasil chegou a ficar oito meses fechado.