Os deputados federais do PMDB que disputarão a reeleição receberão R$ 1,5 milhão cada do partido para custearem suas campanhas. A decisão foi tomada ontem em reunião da Executiva Nacional do partido que reconduziu o senador Romero Jucá (RR) à presidência da sigla. A cúpula da legenda decidiu ainda que os senadores candidatos à reeleição receberão R$ 2 milhões cada. Não ficou definido quanto receberão os candidatos para eleições majoritárias.

Jucá disse que o partido vai trabalhar para ter candidato próprio à Presidência da República e que o presidente Michel Temer é sempre um nome, como outros, para a função. O presidente Michel Temer é uma opção do PMDB para ser candidato a presidente da República, se ele assim o entender. O partido defende candidatura própria, nós temos várias opções e vamos trabalhar no sentido de termos candidatura própria, declarou Jucá após reunião da Executiva da sigla.

Jucá disse que o tempo vai dizer se Temer será candidato. O presidente vai definir no momento apropriado se ele poderá ser ou não candidato, afirmou. O peemedebista destacou como possível candidato do bloco governista o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. Nós temos muitos nomes que podem ser candidatos a presidente. Nós estamos discutindo qual é o nome mais viável, mais factível, que possa ganhar as eleições, disse.

O dirigente desconversou ao ser questionado sobre o incômodo que a pauta governista causou nos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). Não sei, aí tem de perguntar para eles. Nós sentamos e discutimos uma agenda. A partir daí eles podem falar, não vou interpretar o senador Eunício nem o deputado Rodrigo Maia, tergiversou.

O senador teve o mandato prorrogado na função por mais um ano, a partir de 2 de março, assim como todos os membros do diretório nacional.

Especulações – O ministro da Secretaria do Governo, Carlos Marun, que também participou da reunião, repetiu que Temer não pretende disputar a reeleição neste ano e o que existe hoje são especulações e manifestações de desejo para que ele entre no pleito. O presidente continua com a mesma posição de não querer disputar as eleições, garantiu.

O ministro negou que as conversas em torno de uma possível candidatura de Temer prejudiquem a governabilidade e que hoje a base já tem nomes colocados para a campanha presidencial, como Rodrigo Maia e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Temos de ter juízo suficiente para caminharmos juntos nas próximas eleições. Se caminharmos juntos, as chances de vitória são muito grandes, declarou.