MAELI PRADO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Ao comentar o projeto de dar autonomia ao Banco Central, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira (22) que o trabalho da autoridade monetária deve ter como foco a inflação e, como consequência o crescimento.  
“Na área da estabilidade econômica, financeira e monetária, tem instituição que tem continuidade, com diretores e presidentes escolhidos tecnicamente, com mandato, e com foco específico na inflação e como consequência no crescimento”, disse. 
Uma das possibilidades aventadas para o projeto de autonomia era o chamado “duplo mandato”, em que o BC teria dois focos, inflação e crescimento.
A ideia é criticada pelo mercado, já que a avaliação é que em um país como o Brasil haveria o risco de enfraquecimento do controle da inflação.
Meirelles disse ainda, em entrevista à rádio Itatiaia, que um Banco Central autônomo daria mais eficácia ao controle da inflação e redução de juros, além de elevar a credibilidade da autoridade monetária.
Ele afirmou que, se os diretores tiverem mandato fixo e não coincidente com o do presidente da República, como está em estudo no governo, a economia se tornará mais estável. 
“A ideia é ter um BC autônomo, com condições de implementar a sua política de forma independente e com muito mais credibilidade, e conseguir controlar a inflação com mais eficácia e taxa de juros mais baixa”, disse.