SÉRGIO RANGEL E LUCAS VETTORAZZO RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O CML (Comando Militar do Leste) confirmou nesta quinta-feira (22) que um general da ativa do Exército irá comandar a secretaria de Segurança Pública do Rio durante a intervenção federal. O nome do secretário só será divulgado oficialmente na próxima terça-feira (27).  Segundo o CML, o interventor federal, general Walter Braga Netto, tem uma lista de candidatos a ocupar a pasta da Segurança -todos generais da ativa. Também na terça devem ser anunciados o comandante-geral da PM e o chefe de Policia Civil. A expectativa é que um oficial da ativa também assuma a PM. Não será possível, contudo, colocar um militar na chefia da Polícia Civil, por restrições presentes na Constituição Federal. Desde a redemocratização que um oficial da ativa das Forças Armadas não comanda a Segurança Pública do Estado. Em 1999, o então governador Anthony Garotinho nomeou como secretário um general da reserva do Exército, José Siqueira Silva -demitido com 95 dias no cargo. Em seu lugar assumiu o coronel da PM Josias Quintal, que teria uma segunda passagem em 2003. Mais recentemente, houve a chamada Era dos delegados de Polícia Federal na Segurança, com nomeações de Marcelo Itagiba (2004-2006), José Mariano Beltrame (2007-2010) e Roberto Sá (2016-2017). Conforme a Folha de S.Paulo mostrou nesta quinta (22), enquanto não é definida a cúpula da segurança, as polícias vivem uma espécie de vácuo de poder. Delegados da Polícia Civil e comandantes de batalhões da PM estão sem nenhuma orientação do comando das corporações. Seus chefes, virtuais dispensados, silenciaram sobre o presente e o futuro das forças que comandam. Oficialmente, desde a última sexta-feira, a secretaria de Segurança do Rio está sob o comando do subsecretário de Assuntos Estratégicos, Roberto Alzir, já que o titular da pasta, Roberto Sá, deixou o cargo com o decreto presidencial da intervenção federal.