SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Considerado o maior traficante de armas dos Estados Unidos para o Brasil, Frederik Barbieri foi preso na madrugada deste sábado (24), em sua casa, em Miami (EUA). Ele é apontado como o responsável por uma carga de 60 fuzis apreendida em junho de 2017, no aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro.
A detenção de Barbieri foi feita por agentes do Serviço de Imigração e Alfândegas dos Estados Unidos. Com ele, foram apreendidos 40 fuzis que seriam mandados para o Brasil. Acredita-se que os armamentos abasteciam diferentes facções criminosas no Brasil.
Barbieri tinha mandado de prisão expedido pela Justiça do Rio de Janeiro por causa da carga de fuzis apreendida em 2017. Ele também era alvo da Polícia da Bahia por causa de uma carga de munições apreendida em Salvador e era considerado foragido desde 2015.
A prisão foi confirmada pelo titular da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), Fabrício Oliveira. Segundo Oliveira, as investigações no Brasil começaram em 2015 e apontam que Barbieri residia em Miami desde 2010. Com a apreensão no aeroporto, as autoridades americanas também iniciaram uma investigação, no ano passado.
“Foi essa investigação nos Estados Unidos que ocasionou a prisão dele lá, começou com a apreensão do carregamento de fuzis aqui no Galeão, quando começou a investigação das autoridades americanas. A prisão dele é fruto de uma investigação da polícia americana com a ajuda da polícia brasileira, uma força-tarefa ficou uma semana lá”, disse Oliveira.
EXTRADIÇÃO
Em nota, o Ministério da Justiça informou que já deu início ao processo do pedido de extradição de Barbieri, por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional.
Porém, houve um pedido de documentação complementar e, no momento, o departamento aguarda o Poder judiciário enviar os papéis solicitados traduzidos para o inglês.
“Frederik Barbieri é investigado em procedimentos criminais instaurados no Brasil e nos EUA. Os pedidos de cooperação jurídica internacional entre os países para produção de provas encontram-se em andamento”, informou o órgão por meio de nota.