Rogério Micale, 48 anos, foi apresentado nessa segunda-feira (dia 26) de manhã como novo técnico do Paraná Clube. Ele substitui Wagner Lopes, demitido há nove dias. Micale estava sem clube desde setembro de 2017, quando deixou o Atlético-MG.

O novo treinador avisou que o time terá outro estilo de jogo. Com Wagner Lopes, o Paraná tinha a defesa e o contra-ataque como principais arms. Micale tem a carreira marcado pelo chamado futebol propositivo – posse de bola, movimentação ofensiva e qualidade técnica. Perguntado qual será seu estilo de jogo no Paraná, o técnico avisou que seguirá seu modelo. Primeiro vou avaliar os atletas. Vou respeitar a individualidade de cada um, mas eu tenho minha característica de jogo. Em alguns momentos, em determinados jogos, vou aproveitar aquilo que já foi feito. Pretendo implantar aqui que eu acredito, afirmou.

Para Micale, comandar um clube de Série A é uma grande oportunidade na carreira. Espero retomar esse caminho de vitórias aqui no Paraná. Vejo um clube preparado para crescermos juntos, eu como treinador e o Paraná como clube, declarou.

As principais conquistas do técnico foram com as categorias de base da seleção. O ouro olímpico é mais lembrado, mas tivemos vice-campeonato mundial de 2015. E o bronze no Pan-americano. Há 24 anos o Brasil não era medalhista no Pan, explicou.

Segundo Micale, o pricipal objetivo do ano é evitar o rebaixamento. Estou entusiasmado. Vamos começar por isso, ter a Série A, manter, se acostumar com a Série A. O clube está se estruturando para isso, disse.

Perguntado sobre a desconfiança do torcedor em relação ao time, Micale falou sobre o tema. Você só recupera a confiança da torcida com bons jogos. A torcida precisa nos ajudar nesse momento. A gente sabe que existe uma paixão. Estamos num recomeço de trabalho. É lógico que vamos encontrar dificuldades. Torcedor vai ser fundamental nessa caminhada. Temos que fazer aqui um caldeirão. E, de fato, é. Eu vi no ano passado o caldeirão aqui, declarou.

A atual diretoria do Paraná teve nove técnicos em dois anos e dois meses de trabalho. Perguntado sobre essa instabilidade dos treinadores, Micale comentou. Essa é uma questão cultural. Sou questionado sobre isso em todos lugares. A pressão só muda de endereço. A gente precisa refletir muito. Para nosso futebol ficar mais sólido a gente precisa reavaliar, precisa refletir como nós tratamos… Em qualquer área precisa existir um começo, um meio e um fim. Mas eu entendo a diretoria. A pressão que vem de fora é muito forte. Venho de peito aberto. Agora quero falar de semifinal do Paranaense. O Paranaense é importante para nós, disse.

COMISSÃO TÉCNICA
Além de Rogério Micale, a comissão técnica do Paraná Clube já conta com outros dois profissionais. O clube trouxe o preparador físico Marcos Seixas, que formou com Micale a comissão técnica campeã olímpica no Rio de Janeiro. Seixas esteve por quatro anos à frente da preparação física do Figueirense, onde trabalhou também com o atual fisiologista do Paraná, Tiago Cetolin. Marcos Seixas irá trabalhar ao lado de Rodrigo Rezende e Victor Annes.

A outra novidade é o auxiliar-técnico Fabinho Santos, que por muitos anos trabalhou no Joinville, inclusive como treinador da equipe catarinense. Aos 44 anos, Fábio José dos Santos retorna ao Paraná Clube. Nas temporadas 2011/12, ele atuou na base paranista, comandando as equipes Sub-15 e Sub-17. Fabinho será o segundo auxiliar, com Ademir Fesan ficando na função de primeiro auxiliar-técnico