Pré-candidato à presidência da República, o senador Alvaro Dias (Podemos) está mantendo negociações para atrair o apoio do PRB, partido que integra a base aliada do governo Temer, e é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. A informação foi confirmada pelo senador ao jornal O Estado de São Paulo. A negociação incluiria a possibilidade da legenda indicar o candidato a vice na chapa de Alvaro, que assim, garantiria mais tempo na propaganda eleitoral de rádio e TV.

Prudência
O PRB é presidido pelo ex-ministro Marcos Pereira, bispo licenciado da Universal, igreja que controla a rede de TV Record. Estamos ainda conversando, mas não há ainda uma definição da coligação, até em respeito ao PRB temos que agir com a necessária prudência, porque, se eventualmente essa coligação for definida, faremos um anúncio conjunto, afirmou o senador. Ele negou, porém, que já exista negociação sobre a indicação do vice, apesar de membros do seu partido terem confirmado a informação.

Regional
A articulação de Alvaro com o PRB também alcança a disputa eleitoral no Paraná. Nesse caso, seu irmão, o ex-senador e pré-candidato ao governo do Estado, Osmar Dias, também pode firmar aliança com o partido da Universal. O vice seria o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo.

Fora do páreo
Ex-prefeito de Londrina, Alexandre Kireff desistiu de sua pré=candidatura ao Senado pelo Podemos de Alvaro Dias. O motivo, segundo o texto, é falta vocação em exercer um cargo legislativo. Essa foi a razão de ter ido a Brasília. Hoje decidi não disputar as eleições ao Senado. Desde o dia em que aceitei ao convite que me foi feito pelo Alvaro Dias, a impressão de que me faltaria a verdadeira vocação em exercer um cargo legislativo começou a surgir. Sou profissional liberal de origem acadêmica, empresário e a única função pública que exerci foi no poder executivo, como prefeito de Londrina. Aos poucos, a possibilidade de uma eventual vitória eleitoral e a dedicação de oito anos de minha vida a uma atividade que não me parecia ser a mais alinhada ao meu perfil, me pareceu ser algo insensato, escreveu o ex-prefeito.

Supremo
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF) acatou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e abriu um novo inquérito contra o deputado federal paranaense Alfredo Kaefer (PSL) ontem para apurar suspeitas de que empresas de sua propriedade teriam sido utilizadas para lavagem de dinheiro. O pedido foi feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em janeiro, com o objetivo de apurar indícios de que empresas de Kaefer teriam sido usadas para lavagem de dinheiro e financiamento de sua campanha à Câmara Federal em 2014.

‘Testas de ferro’
A procuradora já havia oferecido denúncias em inquéritos já instaurados contra o deputado. As acusações apontavam diversas movimentações consideradas atípicas relacionadas a Kaefer e a empresas de seu grupo, de acordo com relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). As doações somariam R$ 2.312.480,68. Na época, o sócio majoritário da Distribuição, Abastecimento e Logística (Dial) era Alfredo Kaefer & Cia.Ltda, que detinha 99,99% do capital social. O controlador da RCK Comunicações Ltda. era o próprio deputado. A alegação é de que o deputado teria se afastado apenas formalmente do comando da empresa e de parte dos negócios, utilizando-se de testas de ferro.