SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Super Seducer é um jogo cujo principal objetivo é dominar a “arte da sedução”. Lançado no Steam para PC no dia 6 de março, o jogo não deve ser comercializado para PlayStation 4. Em comunicado enviado ao site Motherboard, a Sony informou que não oferecerá o título.

A proposta do jogo é ensinar aos homens técnicas de sedução na realidade virtual que devem render “pontos” na vida real. Mas, muito do que é apresentado no jogo incentiva atitudes machistas, misóginas e desrespeitosas. Criado pelo autointitulado mestre da sedução Richard La Ruina, o game é repleto de situações ofensivas que servem como maus exemplos — mas podem render pontos em determinados momentos.

Feito em “live action” (com pessoas reais), Super Seducer não tem cenas de nudismo, embora mostre mulheres em roupas íntimas. No entanto, apresenta cenas de atitudes socialmente condenáveis como apertar partes íntimas de uma mulher que o jogador acabou de conhecer, o que configuraria assédio sexual. As técnicas de sedução sugeridas em diferentes situações incluem “tentar mudar a opinião dela” e “começar a se masturbar (publicamente) para deixá-la excitada”. “Se você não é boa na cozinha você precisa ser realmente boa em chupar p****”, por exemplo, é uma das cantadas utilizadas pelo galanteador no jogo.

Escolher uma dessas opções, no entanto, não renderá o prêmio máximo: ir para a cama com uma garota. Na internet, muitos jogadores comentaram a favor e contra o jogo. “Não é legal. Mal é um jogo e os conselhos são ridículos, mas é inofensivo”, comentou um internauta. “É só o que a gente precisava para aumentar o #MeToo”, escreveu uma usuária do microblog relembrando a campanha em que mulheres compartilhavam os assédios sexuais que sofreram.