SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi indicado nesta quarta-feira (21) após prestar depoimento à polícia pelo segundo dia consecutivo por alegações de que sua vitoriosa campanha eleitoral de 2007 foi financiada pela Líbia do ditador Muammar Gaddafi.
Sarkozy responderá por corrupção passiva, financiamento ilegal de campanha eleitoral e recebimento de fundos públicos líbios, afirmou o jornal Le Monde.
O ex-presidente foi liberado pela polícia e deve responder ao processo em liberdade. 
A investigação está aberta desde 2013, no rastro das informações publicadas um ano antes pelo site Mediapart, que trazia um documento líbio apontando o financiamento ilegal.
Sarkozy, que foi presidente de 2007 a 2012, diz que a denúncia é “grotesca”. Um de seus aliados próximos, Brice Hortefeux, um ex-ministro do Interior, também foi interrogado ontem.
Há outras denúncias de financiamento ilegal de Sarkozy, desta vez em relação à campanha eleitoral 2012, quando foi derrotado pelo socialista François Hollande.
A acumulação de denúncias é uma das razões pelas quais Sarkozy não venceu as primárias de seu partido, os Republicanos, para disputar o pleito de 2017.