IVAN FINOTTI
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – As gravuras de Emil Bauch que ficaram expostas por quatro anos no Itaú Cultural eram roubadas da Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
O resultado da perícia realizada por especialistas foi revelado às 12h35 desta sexta (23), em entrevista coletiva na sede da instituição carioca. O diretor do Itaú Cultural, Eduardo Saron, que entregou as obras para a vistoria técnica no dia seguinte em que a Folha de S.Paulo revelou o caso (13 de março), veio de São Paulo para participar da coletiva.
As oito gravuras que representam o Recife, impressas na Alemanha em 1852, foram furtadas pelo ladrão Laéssio Rodrigues de Oliveira em 2004. Segundo carta que ele enviou à Folha de S.Paulo no início de março, o ladrão as vendeu ao colecionador Ruy Souza e Silva, ex-marido de Neca Setubal, herdeira do banco Itaú. 
Souza e Silva vendeu oito gravuras de Bauch ao Itau Cultural em 2005. Ao jornal, Souza e Silva negou ter comprado as obras de Laéssio e disse que elas foram adquiridas na loja londrina Maggs e Bros. e ao repassá-las ao instituto, apresentou um recibo de novembro de 2004. 
O recibo não especifica quais são as obras adquiridas. Diz “série de gravuras brasileiras”. Contatada, a loja londrina informou não ter mais detalhes da transação, feita há quase 14 anos.