Divulgação – Volkswagen Sedan 1959

Durante o mês janeiro a Volkswagen está comemorando os 60 anos do início da produção do Fusca no Brasil. O “besouro” inicialmente foi chamado de VW Sedan – começou a ser montado na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP. Foi no início de 1959 que o modelo que já era comercializado importado da Alemanha desde 1953, passou a ser fabricado em maior escala no País.

Pequeno, com motor traseiro refrigerado a ar e um design totalmente diferente do tradicional à época, quando as ruas eram dominadas por grandes sedãs, o Fusca conquistou o consumidor brasileiro pelo baixo consumo de combustível e resistência mecânica, liderando as vendas no País por 24 anos.

O primeiro Fusca produzido no ABC paulista foi vendido por Cr$ 471,2 mil em uma concessionária na avenida Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, no dia 7 de janeiro para o empresário paulistano Eduardo Andrea Matarazzo, filho do conde Francisco Matarazzo Júnior – e um grande admirador de automóveis e aviões.

O Fusca 1959 trouxe seis principais aperfeiçoamentos: barra estabilizadora no eixo dianteiro, para maior segurança e estabilidade, cubo do volante abaixado, para aumentar o conforto e a segurança, trincos nas portas acionados por botões de pressão, barra de torção traseira mais elástica e eficiente, para-sol estofado com espuma de borracha e descanso inclinado para os pés do passageiro. Muitas das peças usadas na montagem do “Fusca” eram importadas, mas a Volkswagen conseguiu atingir um índice de nacionalização de 95% já em 1961. No mesmo ano, o modelo ganhou nova transmissão de quatro marchas, agora sincronizada.

Em 1967, era substituído o motor 1.200, de 36 cv de potência, pelo 1.300, que rendia 10 cv a mais. Em 1970 chegava a versão 1.500, de 52 cv, com freios a disco e bitola traseira mais larga. A partir de abril de 1974, o carrinho passou a ser equipado com acelerador de duplo estágio, o que visava a economia de combustível. A maior novidade desse ano, porém, foi o lançamento do Super Fuscão, a versão com apelo esportivo do modelo, que era equipada com o propulsor de 1.600 cm³ de cilindrada. Com dupla carburação, ele rendia 65 cv e atingia 134 km/h de velocidade máxima. Um ano depois, saiu de cena a versão 1.5 e surgiu o Fusca 1.300-L, ou versão luxo.

Em 1981, o motor 1.3 chegou também na opção a etanol e, no ano seguinte, saiu de linha o propulsor 1.6. Esse propulsor voltaria a equipar o Volkswagen Fusca em 1984. Isso após passar por modificações que o deixaram mais eficiente e econômico. Em 1986, quando o Fusca parou de ser fabricado pela primeira vez, apenas 33.568 unidades chegaram às ruas. O retorno da fabricação foi em 1993, sete anos após sua paralisação. A pedido do então presidente da República, Itamar Franco, o carro voltou a ser produzido, em uma versão movida exclusivamente a etanol, e parou de ser fabricado em 1996. Daí surgiu outro apelido: Fusca Itamar. Ao longo de toda a sua história, o Fusca teve mais de 3,1 milhões de unidades vendidas no Brasil.

APELIDOS
O Volkswagen Sedã ganhou nomes diferentes em mais de quarenta países, quase sempre relacionados ao formato de besouro ou corcunda. No Brasil, o de besouro não pegou mas Fuca, Fuqui ou Fusquinha até receber o nome oficial de Fusca em 1983. As mudanças visuais e mecânicas também renderam apelidos, como Fafá (em referência à cantora Fafá de Belém, pelas lanternas traseiras maiores) e Fuscão (para designar o Fusca 1.500, de 1970). Teve até Super Fuscão, com motor de 1.600 cm3.