Morador de rua, Magno, não imaginava a surpresa que teria ao revirar uma caixa de papelão. Lá estava um filhote, com um grande corte no peito. Ele acredita que o cachorro tenha levado uma facada. Diante da situação, não teve dúvidas. Pegou a caixa e levou direto para uma clínica veterinária que costumava passar em frente pelas caminhadas da vida.

Contou com a ajuda gratuita de uma médica veterinária que se prontificou a cuidar do bichinho. Foram três meses de tratamento, tamanha a gravidade. Neste período, Magno fez questão de visitar o cachorro todos os dias. Ficava com soro na pata, conta ele. E depois de um longo período, Neguinho, como foi batizado, saiu de lá para se juntar ao seu novo companheiro. 

O pessoal que frequenta a feira aos sábados, onde o Magno descola um troco, se encanta com o cão, que tem uma linda pelagem preta. Neguinho fatura mais que o dono. De presente de Natal, ganhou uma coleira azul. E a comida como faz? Eu pergunto preocupada e emendo: o ideal é ração. Ah, dona. Ração, comida, o que tiver, né… Então, antes de me despedir, prometo. Semana que vem, trago um pacote de ração para o Neguinho.

O cachorro vive na rua, igual ao dono. Teve a sorte de encontrar alguém sem casa, mas com um coração enorme. 

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