Domingo é dia de passear sem pressa com o cachorro. Resolvi mudar o habitual caminho e fui explorar outras ruas do bairro Juvevê, em Curitiba. Um dos metros quadrados mais caros da cidade. O passeio se tornou até mesmo uma aventura arriscada, pois na maior parte do trajeto eu tive que andar na rua. Vale lembrar que lugar de pedestre é na calçada e não dividindo espaço com os automóveis. Mas elas em alguns locais do bairro inexistem, outras viraram um matagal só. Cachorro até que curte um matinho, mas eu prefiro andar por um asfalto de preferência com condições de não me causar um acidente. Resolvi fotografar o trajeto.

 

Começa por esta calçada. Local onde uma construtora está subindo um super prédio. Ai já faz tempo que o mato impera. Na esquina, tomou conta.

Resolvo atravessar a rua. Pela primeira vez me animo. Olha que calçada boa. Tem até rampa para deficiente.

Mas ao atravessar a José de Alencar o outro lado nos espera deste jeito. Puro mato, sem rampas para o acesso de cadeiras de rodas. Decido ir para o meio da rua.

  

Seguimos em frente. Neste trecho não há calçadas em condições de andar. Vamos pelo meio da rua mesmo.

Eu ainda tenho condições de me arriscar pelo meio da rua. Mas tenho certeza que a falta de calçadas adequadas dificulte o acesso de deficientes físicos em cadeiras de rodas, idosos, e até mesmo das mães com carrinhos de bebê. O que os impedem de passear livremente em condições seguras.

A acessibilidade é um direito de todos, mas é preciso colocá-la em prática para garantir o direito de ir e vir com segurança. Enquanto isso, ficam proibidos salto altos, o melhor é providenciar uma bota para as expedições pelo mato em algumas ruas do Juvevê. Seria ideal que alguém tomasse providências.

De quem será esta responsabilidade?